O Caçador Vermelho

"Na zona rural, de uma pequena cidade do interior de São Paulo, Brasil, destaca-se ao pôr do sol uma mansão, com enormes janelas da cor escarlate. Dizem que os habitantes dessa residência são numerosos fantasmas, vítimas do Caçador Vermelho, número que só aumenta, pois toda a noite ele sai em busca de novas presas, ao qual leva para a sua mansão, de forma a tornar mais vivas as cores avermelhadas de suas janelas. Pode-se até ver seu vulto passando pelas mesmas todas as noites, empunhando sua espingarda."

Foi com essa lenda que o casal Pedro Clark e Estefana Cruz, invadiram e adentraram a propriedade, buscando ter uma aventura sobrenatural como caçadores de fantasmas, Clark levava com sigo uma filmadora de modo a documentar a experiência, e quem sabe ficar famoso. Mas o que eles não sabiam é que essa aventura iria os marcar para sempre. Mesmo antes de entrarem na residência o casal discutia se seria uma boa ideia procurar um fantasma que, segundo as lendas locais, seria extremamente perigoso, mas visando a fama, esse sentimento de medo diminuía, pois afinal, segundo Clark, fantasmas não existem, tudo pode ser explicado. Mesmo antes de abrir a porta para o salão principal, dava para sentir uma espécie de energia maligna, que emanava da mansão, e um pressentimento que se adentrarem por aquela porta algo extremamente ruim aconteceria, mas visando a fama, caso testemunhassem um evento paranormal entraram, uma ação que mais tarde se arrependeriam.

Por dentro, a mansão, apresentava poucos móveis, mas mesmo assim, por ser um imóvel antigo, talvez início do século XX, ainda apresentava um estado de conservação elevado. O casal, decide ficar junto para explorar a residência, para não cometerem o erro de se separarem, igual aos clichês de filme de terror, que adoram assistir nos finais de semana. Ao examinar o salão principal da mansão, eles não vêm nada de mais, é uma casa como qualquer outra, diz Cruz, eles partem em direção a cozinha, com Clark sempre filmando seus movimentos. Ao caminharem, eles escutam o som de seus passos e da madeira que range, conforme caminham, ao chegarem Estefana se assusta com um rato, que corre entre seus pés, ela dá um grito e pula para a esquerda, Clark, que se assusta pela reação da mulher, pula para a direita onde esbarra numa mesa, caindo logo em seguida. Assustado ele, se levanta e pergunta o que houve, enquanto tenta enquadrar Cruz com a câmera, ela diz que se assustou com um rato, Pedro, mas aliviado e decepcionado, por não ser um fantasma, diz para eles voltarem a procurar o fantasma.

"Na zona rural, de uma pequena cidade do interior de São Paulo, Brasil, destaca-se ao pôr do sol uma mansão, com enormes janelas da cor escarlate."

Como estavam na cozinha, um local cheio de lixo espalhado pelo chão, e não viram nada de mais, decidem entrar na dispensa. Lá eles encontram uma quantidade excessivas de comida enlatada, como se alguém estivesse morando ali, mas quando iriam começar a debater sobre esse assunto, algumas latas caem no chão, junto com uma prateleira. Assustado o casal, começa a gritar, de medo, com Clark, tremendo, tentando apontar a câmera para o ocorrido e Cruz falando para eles saírem dali, mas depois de alguns segundos eles vêm dois gatos, que aparentemente estavam brigando e se assustaram com os caçadores de fantasmas, fugirem dali. Eles riem e com um sorriso no rosto de alívio, dizem que foram somente gatos. Nesse momento o casal ouve um som vindo do andar de cima, a mulher com receio e o homem visando somente a fama, partem para o primeiro andar, ele na frente, procurando sempre o melhor ângulo, e ela atrás, visivelmente assustada.

Ao subirem as escadas, eles notam que os degraus, que rangem, são extremante frágeis. No primeiro andar, eles vêm somente um corredor com quatro cômodos e uma única janela no fim do mesmo, as paredes estavam pichadas, mas somente uma gravura chamou a atenção deles, eram mãos que iam do segundo cômodo para o quarto, como se alguém cansado ou talvez ferido, estivesse indo se esconder, ao analisarem melhor a pintura parecia ter sido feita com sangue. O casal fica assustado, eles querem ir embora, mas a cobiça de Clark, por querer ficar famoso, e talvez um pouco de curiosidade, o impedem de sair, ele quer seguir as marcas e saber o que têm no cômodo, como se uma força sobrenatural o estivesse chamando para lá. Cruz tenta dissuadi-lo, mas é em vão, Pedro parece estar hipnotizado, um transe mortal, ela, extremamente assustada, decide ir embora, talvez esperar no carro que eles vieram. Quando se aproximava da porta do quarto cômodo, com a câmera numa mão e preparando a outra para abrir a porta, ele ouve um barulho vindo da janela, que estava bem a sua frente, a cortina que essa possuía, parece ganhar vida, partindo em sua direção, pensando se tratar de um fantasma, Clark dá um berro, enquanto caia no chão, Cruz que ouve o grito, se assusta pisando forte no degrau da escada, quebrando o mesmo e deixando sua perna presa, machucando a mesma. Pedro admirado começa a filmar a figura fantasmagórica, enquanto gaguejava uma oração e implorava por sua vida, mas sua alegria ou pavor por ver um ser paranormal não durou muito, pois tudo não passava de uma pomba que ficara presa na cortina, que ao se soltar voa para dentro da mansão. Clark não tem muito o que refletir, pois ouve um grito da sua namorada e desesperado parte em sua direção.

Pedro a encontra presa na escada, chorando de medo e dor, com dificuldade ela é tirada de lá, seus objetos, que estavam no chão, são recolhidos pelo namorado, eles então decidem partir dali, parando assim as filmagens. Enquanto caminhavam, com ela reclamando de dor e das coisas que passaram, Clark não parava de pensar naquela porta e nos seus mistérios, aquilo o estava consumindo. Pedro ao tentar abrir a porta de entrada, para saírem da mansão diz que ela está trancada, devendo assim procurar outra saída. Aterrorizados, decidem ver se existe uma saída pelos fundos da mansão, talvez fosse o terror psicológico que estavam passando, mas tiveram a sensação que os olhos dos quadros e das estátuas os estavam acompanhando, como se estivessem esperando algo acontecer. Enquanto caminhavam um silêncio mortal os acompanhava, somente seus batimentos cardíacos eram ouvidos. Ao chegarem na porta dos fundos, que ficava na cozinha, está estava trancada, Cruz entra em desespero, falando para eles usarem os celulares e pedirem ajuda, Pedro pões a mão em seu bolso, mas assustado, diz que não está com ele, Estefana olha assustada a sua bolsa e diz que o dela também desapareceu. Clark então sugere eles passarem a noite na mansão, pois está muito escuro lá fora, pode ser perigoso, que na mansão só teriam que se preocupar com os ratos e que de manhã ele arrombaria a porta para saírem, pois estava muito cansado agora, relutante Cruz aceita.

"Pedro ao tentar abrir a porta de entrada, para saírem da mansão diz que ela está trancada, devendo assim procurar outra saída."

Longe dali e alguns minutos antes, Jefferson Cunha e Bruno Oliveira, dois policiais, que estava investigando um assalto ao único banco da cidade, que ocorreu naquele dia mais cedo, por um casal de bandidos de motocicleta, sendo que um usava capacete vermelho e a outra rosa, esta última foi baleada pelo segurança do estabelecimento, vão investigar uma denúncia de barulhos na mansão, popularmente conhecida como "A Casa dos Assassinatos". Os polícias, embora desconfiados que os assaltantes possam estar ali, já sabem que iram encontrar caçadores do paranormal, por causa da lenda que cerca aquela residência, ela frequentemente, pelo menos dez vezes ao ano, é invadida por curiosos que esperam testemunhar seus fenômenos paranormais, em busca de ver os fantasmas do "Caçador Vermelho" e de suas vítimas.
No caminho para a mansão eles lembram que antes de ser conhecido como "A Casa dos Assassinatos", ela era uma residência como qualquer outra, que abrigava uma família de três pessoas, os Silva. Ricardo Silva, era o patriarca da família, trabalhava como açougueiro, e como sabia manusear uma lâmina, além de ser um excelente atirador, sempre ganhava as competições de caçada da cidade. Maria Silva, a matriarca da família uma mulher doce e gentil, ajudava a todos e sempre se preocupava com seu marido, seu destino foi lamentável. O único filho do casal, José Silva, ele era somente uma criança de oito, talvez dez, anos de idade quando tudo aconteceu. Embora essa fosse uma família normal, o que todos não sabiam, muito menos Maria e José, é que Ricardo Silva era um serial killers, popularmente conhecido como "O Caçador Vermelho", pela quantidade de sangue que ficava em suas roupas, ele caçava uma noite por mês, sempre em zonas florestais ou parques, seus alvos eram pessoas desacompanhadas, ás vezes casais. Ele os feria de modo a deixá-los desorientados e levava-os para sua mansão, enquanto sua família dormia, onde fazia Deus sabe se lá o que com os corpos, claro que sua esposa não sabia, ela achava que o sangue em sua roupa era do seu trabalho de açougueiro, demorou dois anos, vinte e quatro vítimas, mas finalmente ele foi capturado, enquanto fazia sua vigésima quinta vítima, uma garotinha de oito ou dez anos, foi morto pelos polícias em uma ação rápida, pois iria matar a garota ali mesmo. Foi feito buscas em toda a propriedade, mas nunca acharam os restos mortais das vítimas, então é claro que os boatos começaram, "era uma família de canibais", alguns diziam, "são praticantes de magia negra. Fazem sacrifício, consumindo a carne e usando os ossos como instrumento de poder", os boatos só espalhavam. Mas, quem mais sofreram foram Maria e José, ambos foram praticamente excluídos da sociedade, tiveram que viver da pensão do governo, o garoto desapareceu faz uns vinte e dois anos, ele deve ter agora aproximadamente trinta ou trinta e dois, já a mãe morreu algumas semanas atrás.

Ao chegarem na mansão, eles reparam um carro, roxo, estacionado na frente da propriedade e o portão aberto, achando que possam ser somente curiosos, mas mesmo assim desconfiando que os bandidos possam estar lá dentro, eles decidem entrar e se separar, Jefferson iria pela frente e Bruno pelos fundos. Quando adentram a propriedade, eles ouvem um grito de mulher, vindo de dentro da mansão, mas ao correram para a porta, algo os distraí, eles veem um vulto correndo no quintal da mansão, achando aquela atitude suspeita ou que ele poderia ser um dos criminosos que procuravam, eles partem em sua direção. O céu que estava escuro como azeviche, agora começava a trovejar, nos telhados de uma residência próximas, uma figura que era procurada pelos policiais, observava toda movimentação de longe.

"O céu que estava escuro como azeviche, agora começava a trovejar, nos telhados de uma residência próximas, uma figura que era procurada pelos policiais, observava toda movimentação de longe."

Dentro da mansão, o casal Pedro Clark e Estefana Cruz, que não sabiam o que ocorria do lado de fora, sobem cuidadosamente as escadas, para o primeiro andar. Pedro, receoso, em demonstrar que tinha uma obsessão pelo quarto cômodo, decide que devem ficar no primeiro, Estefana fica encostada na parede, enquanto Clark, com medo, abre a porta com velocidade, de modo que se ouve-se algo lá dentro ele o surpreenderia. Mas o aposento estava vazio, não havia moveis, somente alguns objetos, provavelmente pertencentes há indigentes, o casal decide passar a noite ali, eles deitam próximo a janela e Estefana dorme, encostando sua cabeça nos ombros de Pedro, mas este estava acordado, com os olhos bem abertos, em uma espécie de transe, pensando na quarta porta, em seus mistérios, "o que teria lá?", pensava. Enquanto olha, fixamente, a parede do quarto em meio ao véu da escuridão, sua mente lhe prega peças, fazendo ele ver espirais serem formadas na parede, com gritos de pavor ecoarem das mesmas. O quão louco estaria ficando, essa dúvida pairava sobre sua cabeça.

Do lado de fora da mansão, os polícias perseguem o estranho vulto que viram, gritando para ele parar, mas isso é em vão. A estranha sombra os guia até um galpão, desaparecendo logo em seguida, em uma curva, ao investigar a construção, os investigadores descobrem um velho buggy, com peças faltando, provavelmente roubadas por vândalos outrora, sem mais nenhum objeto que chama-se atenção. Enquanto isso o misterioso vulto, que está aliviado, por ter se livrado dos polícias, caminha calmamente, acendendo um velho cachimbo, quando de repente é empurrado para trás por um soco certeiro do motoqueiro procurado pelos policiais. Contudo o tumulto causado foi tão grande, que chamou a atenção dos investigadores, que apontaram suas lanternas em direção ao som, vendo as duas figuras misteriosas. Desesperado o motociclista corre velozmente, sendo perseguido por Bruno Oliveira, enquanto Jefferson Cunha interroga o ser misterioso que os guiou até o galpão.

Com seu interrogatório o policial descobre que o vulto se trata de uma indigente, que ela assim como muitos passa algumas noites na velha mansão, deste que ela foi abandonada a cinco anos atrás. Eles, os mendigos, sempre veem os caçadores de fantasmas investigar a lenda do "Caçador Vermelho", mas nas últimas semanas está diferente, a casa está muito movimentada. Alguns homens os expulsaram dali a força, eles tentaram reclamar para os polícias, mas como são indigentes foram ignorados. Então ela aproveitou, que hoje, tinha uma investigação no local para tentar fazer os investigadores se livrarem daqueles homens. Jefferson, com dúvida sobre a história que ouviu, libera a mulher e parte em direção a entrada dos fundos da mansão. Ele à vista Bruno, que diz que perdeu o suspeito, Cunha compartilha suas informações com seu parceiro. Mas quando eles se preparam para entrar na mansão e investigar, eles ouvem um som de disparo e um grito de mulher de dentro da mansão, então eles sacam suas armas e adentram a residência.

"Enquanto isso o misterioso vulto, que está aliviado, por ter se livrado dos polícias, caminha calmamente, acendendo um velho cachimbo, quando de repente é empurrado para trás por um soco certeiro do motoqueiro procurado pelos policiais."

Dentro da mansão, alguns minutos atrás, não conseguindo dormir, por causa das suas alucinações e a curiosidade de o que tem naquele quarto, Pedro Clark se levanta, o que acorda sua companheira. Ela pergunta o que ouve e ele responde que não aguenta mais, ele quer saber o que tem naquele cômodo. Pedro parte furiosamente, seguido por Estefana, em direção ao quarto aposento, e com toda sua força ele chuta a porta, do quarto, com força, quebrando a mesma. Mas em fração de segundos ele é atingido por um tiro de espingarda, no seu peito, Cruz grita assustada e desesperada. Pois bem em sua frente estava o assassino de seu namorado "O Caçador Vermelho", uma figura esquelética, parecendo um corpo em decomposição, uniformizado com sua roupa de caça, sentado em uma velha cadeira, segurando sua espingarda em direção a porta, de modo a fazer sua última vítima.

Os polícias chegam rápido ao local, somente para ver a lamentável cena, Estefana Cruz, toda ensanguentada, segurando o seu namorado sem vida nos braços.  Eles começam a investigar o cômodo e descobrem, que aquele esqueleto é de Ricardo Silva, que tinha sido roubado do cemitério meses atrás, estando vestindo sua roupa de quando foi morto e uma réplica de sua espingarda, que estava sem munição. Encontram uma linha que ia da porta até o gatilho da arma, tornando esse cômodo uma armadilha, para qualquer um que adentrasse o mesmo, "mas quem faria uma coisa dessas?", questionavam-se os polícias. Quando eles ouvem um barulho vindo do sótão, eles deixam o corpo do rapaz onde está e escoltam a garota até o cômodo perto da escada. Os policiais se preparam para subir, Bruno irá averiguar o aposento enquanto Jefferson lhe dará cobertura, quando estavam prestes a abrir um barulho de toque celular começa, o que assusta todos. O som parece vir da calça de Pedro, Estefana corre e acha em posse do cadáver, os celulares do casal, ela começa a se questionar, do por que dele ter escondido os celulares, o que mais seria mentira?" será que a porta do salão principal estaria mesmo trancada?", indagava Cruz. Ao atender seu celular, ela descobre que sua mãe, seu pai e seu único irmão, que era mais novo que ela, tinha apenas seis anos, morreram num incêndio misterioso, que destruiu sua casa, por sorte ela não estava lá, coincidentemente a hora que sua família morreu foi a mesma que seu namorado, Pedro, foi baleado, como se uma força paranormal a estivesse castigando -a por estar invadindo a casa. Diante disso ela fica paralisada, refletindo, como se estivesse em estado catatônico. Bruno decide tirar a garota dali, levando-a para a viatura, mas o estado da garota piora, quando ela vê que a porta da frente, que Pedro disse que estava trancada, na verdade estava aberta," por que ele mentiu pra mim? Era tudo curiosidade de ver o que tinha naquela porta?", está dúvida a perturbaria para sempre.
Ao chegarem na viatura, Bruno presta os primeiros socorros na Estefana, uma vez que sua perna estava machucada. Desolada a garota conta que namorava com Pedro a três anos, eles se conheceram no ensino médio, tinham plena confiança um no outro, nunca mentindo. Por isso ela ficou em choque ao saber que ele mentiu sobre a porta e sobre o celular, além de ter pego o dela. Ainda recusando-se a acreditar em sua morte, pois planejavam fazer uma viagem no mês seguinte, para um país da Europa, talvez a Irlanda, para visitar os tios dele. Mas o que abalou realmente a garota foi a morte súbita de sua família, isso não fazia sentindo para ela, era como se uma força paranormal quisesse faze-la sofrer. Depois de seu desabafo, ela começa a chorar, o policial a consola de melhor forma que pode, mas isso não era suficiente para acalma-la. Bruno então manda ela esperar na viatura, ele usa o rádio da mesma para pedir uma ambulância e reforços policiais, relatando o ocorrido, para assim ter mais pessoas na investigação.

"Ainda recusando-se a acreditar em sua morte, pois planejavam fazer uma viagem no mês seguinte, para um país da Europa, talvez a Irlanda, para visitar os tios dele"

Bruno então, rapidamente, se junta ao seu parceiro para assim explorarem o sótão, se preparando, agora, Oliveira irá ficar de cobertura, enquanto Cunha irá averiguar o lugar. Ao abrir o cômodo, uma quantidade grande de lixo cai em Jefferson, derrubando o mesmo da escada, levando os dois há deduzirem que pode haver armadilhas lá em cima, por isso a investigação deve ser cuidadosa. Ao subirem as escadas, os dois policiais olham ao redor, encontram o corpo da motociclista de capacete rosa, toda ensanguentada, com uma análise mais cuidadosa, eles descobrem que ela morreu com um ferimento a bala no peito, igual a Pedro, provavelmente caiu na mesma armadilha que o rapaz, o que explicaria as marcas de sangue no corredor. Ao verificar quem era aquela garota, eles descobrem que era a menina que foi sequestrada anos atrás pelo "Caçador Vermelho", "Por que ela roubaria um banco e depois viria para essa mansão?", essa era a pergunta que não saia das mentes dos polícias. Mas enquanto verificava o corpo, em busca de mais pistas sobre o caso, Bruno acaba acionando um pequeno explosivo, destruindo o corpo, assim como parte do sótão, matando-o no processo e jogando Jefferson para trás com força, fazendo-o bater a cabeça e perder a consciência.

Ao ouvir a explosão, Estefana fica assustada, ela sai da viatura e tenta correr para longe. Mas é perseguida por um velho buggy, de perto, mas quanto iria ser atropelada, o motociclista de capacete vermelho pula em sua direção, salvando da iminente morte. Rapidamente, ele a agarra pelos braços e foge com ela para bem longe, mas o veículo os persegue, até os fundos da residência, onde os dois pulam num lago, próximo a casa, despistando assim seu perseguidor. Ao saírem da água, Estefana fica assustada com a situação, mas agradece ao misterioso rapaz, este diz que não é seguro para ela ficar ali, que é melhor ir embora, ela concorda, mas deve esperar os policiais e a ambulância. O motociclista diz que pode não haver mais tempo, pois o assassino pode querer matar ela, ele então oferece sua motocicleta, ela recusa diz que tem um carro, mas este completa que seu carro pode ter sido sabotado, que esse explodiria se ela o liga-se. Horrorizada com tal possibilidade, ela aceita, o motoqueiro entrega a chaves de sua moto e diz que a mesma se encontra em uma colina próxima, estando camuflada com folhas. Ela pergunta o por que dele não ir com ela, este responde que tem assuntos pendentes no local.

Refletindo, ela diz que não partiria, pois não tem razão de confiar nele, pois não o conhece, ele também poderia ser um assassino. O rapaz nem um pouco surpreso retira seu capacete, ele se revela como Paulo Cardoso, o assunto inacabado dele é com seu "amigo" José Silva, este era seu amigo de infância. José sempre foi um rapaz calmo e tímido, ele era sempre excluído, depois que seu pai morreu sua mãe ficou louca e ele foi morar com seus tios no Reino Unido, mas voltou a algumas semanas, parecendo estar louco e por culpa dele sua namorada foi morta, nessa casa, por isso ele o está procurando. Comovida com a história de Cardoso, ela decide aceitar sua ajuda e pega a chave de sua motocicleta.

"José sempre foi um rapaz calmo e tímido, ele era sempre excluído, depois que seu pai morreu sua mãe ficou louca e ele foi morar com seus tios no Reino Unido"

Uma viatura e uma ambulância chegam ao local, como eles não veem ninguém, começam a investigar a área, mas quando um dos paramédicos abre a porta do carro de Estefana, o mesmo explode, iniciando assim uma explosão em cadeia, que destrói todos os veículos próximos, as duas viaturas e a ambulância, matando os policiais e os paramédicos. A explosão é ouvida por vizinhos próximos que ligam para a delegacia, assustado com que pode estar havendo. Os barulhos serviram como motivo para Estefana confiar ainda mais em Paulo, apresando seus passos até o veículo do mesmo. A explosão também acordou Jefferson, que ao ver a destruição do sótão e o corpo do seu parceiro em pedaços jurou vingança. Ao descer as escadas para o térreo da mansão e olhar pela janela, ele vê Paulo, convencido de que ele possa ser o assassino ele dispara um tiro em sua direção, mas acaba errando e acertando uma árvore. Assustado este começa a correr, mas é perseguido pelo policial.

Ao chegar cada vez mais perto de Paulo, Jefferson, pula no mesmo, rendendo-o. O oficial pergunta de o por que dele não matar o motociclista ali, este diz que pode ser útil na resolução do caso. Paulo, desesperado por sua vida, conta que o responsável por tudo isso é José Silva, curioso o policial fala para este se explicar. Cardoso conta que ele era amigo de infância de José, por ambos serem excluídos da cidade, mas com a morte do pai do mesmo ele foi morar com seus tios no Reino Unido. A algumas semanas atrás Silva voltou a cidade e disse que queria resolver o caso do "Caçador Vermelho", pois isso o perturbou durante toda a vida, que com a morte de sua mãe, ele sabia o que fazer, Paulo ressaltou que seu amigo parecia estar delirante. Ele concordou em ajuda-lo, pois claramente José precisava de ajuda, o mesmo disse que eles precisavam do cofre da família, que ficava no banco, mas que ele não tinha acesso ao mesmo, pois sua mãe o deserdou, por isso teriam que roubá-lo. Paulo consegui convencer sua namorada Ana a participar, pois ela queria "uma última aventura" antes de casar, ele não mencionou José para ela. Ao iniciarem o roubo, um segurança acabou acertando ela no ombro, mas conseguiram pegar o item, devendo encontrar Silva na mansão, mas quando chegaram não o acharam e sua namorada morreu ao ser atingida por um disparo de espingarda na mansão, por um esqueleto com roupa de caçador. Ao ficar em choque por sua namorada, José, que estava espreitando, rapidamente pegou o cofre e saiu correndo, Paulo foi atrás dele, mas o perdeu de vista. Jefferson acredita na história do Paulo, mas fala que ele é um criminoso, por isso ficara preso. Com um golpe certeiro de sua arma, ele o desmaia e o algema em uma árvore.

Longe dali, Estefana, encontra a motocicleta de Paulo, mas inesperadamente ela aciona uma armadilha que faz com que a moto exploda, por sorte ela percebe e fica longe o bastante da explosão. Está chama a atenção de Jefferson que parte em direção do barulho encontrando assim Estefana. O policial fala que o lugar é perigoso, por isso eles devem ficar juntos, a garota concorda. Eles ouvem um som vindo dos fundos da mansão e lá encontram uma espécie de cemitério.

"Assustado este começa a correr, mas é perseguido pelo policial."
Ao se aproximaram do cemitério, eles vêm uma cova aberta, Jefferson decide, sobre relutância da Estefana, se aproximar da mesma. Ele vê um caixão, primeiro ele joga uma pedra, mas nada acontece, depois ele usa um ancinho para abrir o caixão, revelando assim o corpo desfigurado de José Silva, assustado ele pula para trás, mas ouve o grito de sua companheira. Ao se virar ele vê a mesma, sendo agarrada por aquela velha indigente, que rapidamente dispara na perna do policial, dizendo para ele jogar a arma no chão e chutar em sua direção. O policial o faz, a senhora ao pegar a arma do chão, utiliza a mesma para atirar na cabeça da Estefana, matando assim, para espanto de Jefferson, a garota e encerra falando "Tinha acabado a munição da minha arma, obrigada". O policial a questiona por essas ações, a senhora então se revela como Maria Silva e que ela é o "Caçador Vermelho".

Maria conta que sempre gostou de caçar com seu pai, mas ele caçava "animaizinhos inofensivos", ela queria emoção, por isso com seus treze anos, ela atraiu e matou um garoto de sua escola, nada que chama-se muita atenção. Todos acharam que ele caiu do barranco, mas na verdade ele foi empurrado. Ela viu uma oportunidade para seus assassinatos casando-se com um açougueiro, ele seria o culpado perfeito em uma eventual investigação policial, o disfarce da boa e inocente senhora "coitadinha", era perfeito. Enquanto seu marido ficava até tarde no açougue, ela saia e caçava, usando uma roupa de caçador, de modo, a não reconhecerem ela. Mas um dia ele chegou cedo e descobriu, conseguiu resgatar a menina, que estava inconsciente, mas os policiais acharem que ele fosse o culpado e o mataram. O que acabou com as caçadas por um tempo, devendo fazer as "mortes acidentais" para se satisfazer. Mas seu filho, José Silva, sempre ficou desconfiado dessa história, alguma hora ele poderia ligar os pontos, por isso fingiu sua morte e mandou uma carta atraindo José, de modo que ele rouba-se o banco e entrasse na casa em busca de respostas. Jefferson pergunta o que ouve com os corpos das vítimas, ela diz que todos os comeram nas festinhas mensais do bairro, nesse momento o policial vomita, pois assim como muitos, ele comia "as famosas tortinhas de Maria Silva".

Nesse momento Jefferson pergunta o que ira acontecer, Maria diz que ela sempre quis ir para os Estados Unidos da América, conhecer os pontos turísticos, já o policial irá queimar pelos seus pegados. Nesse momento Maria dá dois disparos, o primeiro na perna, boa, do Jefferson, para anular qualquer fuga, e o segundo dentro do caixão, onde está o corpo de seu filho, acertando um tanque de combustível, que explode e incendeia o policial, que morre carbonizado. Calmamente Maria anda, limpando a arma, que colocar na mão do algemado e inconsciente Paulo, ela também despeja um pouco de sangue do mesmo. Alguns minutos depois, os policiais chegam e reconhecem Paulo, como um dos assaltantes de banco, ele deve ter ficado louco e fez esse massacre no lugar, suspeita essa que foi fortemente sustentada por uma velha indigente, que passava pelo lugar. O motociclista é então preso e condenado por mais um massacre na "Casa dos Assassinatos", sendo comumente conhecido como "O Caçador Vermelho".

"Maria diz que ela sempre quis ir para os Estados Unidos da América, conhecer os pontos turísticos, já o policial irá queimar pelos seus pegados."

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